CEO da ECF diz que Brasil deve liderar movimento

07/11/2024
A CEO selou o Acordo de Paris em 2015 – compromisso dos países voltado a reduzir as emissões de gases de efeito estufa para que o aumento da temperatura do planeta fique abaixo de 1,5ºC

 

A CEO da European Climate Fondation (ECF) e representante especial do governo francês para a COP 21, Laurence Tubiana afirmou que o Brasil reúne condições para liderar a transição energética e suprir as demais nações dos minerais críticos e estratégicos para esta necessária expansão de energia limpa durante palestra na Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, em Belém (PA). A CEO selou o Acordo de Paris em 2015 – compromisso dos países voltado a reduzir as emissões de gases de efeito estufa para que o aumento da temperatura do planeta fique abaixo de 1,5ºC. “É uma oportunidade econômica excelente para o Brasil, que, por exemplo, tem entre 60% e 70% dos recursos minerais que são utilizados para os carros elétricos(...) e tem vantagens competitivas para desenvolver energia limpa a partir de hidrogênio verde e utilizar biocombustíveis de forma mais ampla do que em outros países. A bioeconomia é um ponto forte do Brasil”, disse.

Segundo Laurence, o Brasil deve aproveitar a COP30, cúpula sobre mudança climática das Nações Unidas a ser realizada no Brasil, em 2025, para demonstrar aos demais países o seu potencial relacionado à transição energética e às formas como pode vir a liderar esse movimento. “O Brasil vai ter que ajudar outros países (a concretizar a transição energética), que precisam de um líder nesta matéria”, afirmou. A COP30, em sua visão, vai significar “a entrada do Brasil na COP. Será a COP do Brasil e sobre o Brasil. Vai evidenciá-lo para o mundo”.

O encontro em Belém tem a participação de indígenas, quilombolas, povos ancestrais, ribeirinhos, acadêmicos, jornalistas, empresários, ambientalistas, governo, parlamentares, diplomatas e demais representantes de governos. A Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias é organizada pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) e tem como parceiro o Governo do Pará.

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