Votorantim Cimentos revê metas de descarbonização

05/12/2022
O novo compromisso faz com que a Votorantim Cimentos nivele suas metas de redução de emissões à ambição do Acordo de Paris.

 

A Votorantim Cimentos anunciou que revisou as metas de descarbonização para 475 kg de CO2 por tonelada de cimento até 2030, ou 8,7% a menos que a meta anunciada em seus Compromissos de Sustentabilidade para 2030, que era de 520 kg de CO2 por tonelada de cimento. 

A meta revista de escopo 1, que se refere às emissões de CO2 geradas diretamente pelas operações da própria empresa, foi aprovada pelo SBTi (Science Based Target initiative), e representa uma redução de 24,8% em relação ao ano base de 2018. O SBTi é uma iniciativa que mobiliza o setor privado e instituições financeiras a liderar ações que ajudem a combater os efeitos das mudanças climáticas. 

O novo compromisso faz com que a Votorantim Cimentos nivele suas metas de redução de emissões à ambição do Acordo de Paris que visa conter o aquecimento global abaixo de dois graus Celsius dos níveis pré-industriais e também buscar esforços para limitar o aumento da temperatura até 1,5°C. “O combate aos efeitos negativos das mudanças climáticas está no centro da nossa estratégia e representam nosso foco em competitividade e legado positivo. As indústrias mais competitivas serão aquelas com menor emissão de gases de efeito estufa. Afinal, a crise ambiental é também uma crise econômica e social. A validação da nova meta pelo SBTi reforça o nosso comprometimento e esforços contínuos em relação à agenda net-zero”, afirma Álvaro Lorenz, diretor Global de Sustentabilidade, Relações Institucionais, Desenvolvimento de Produto e Engenharia da Votorantim Cimentos.

Entre 1990 e 2021, a Votorantim Cimentos reduziu as emissões de CO2 por tonelada de cimento produzido em mais de 20%. A estratégia de descarbonização da companhia está pautada em quatro grandes pilares: Coprocessamento, Uso de Cimentícios, Eficiência energética e uso de fontes renováveis de energia e Desenvolvimento de tecnologias. 

O coprocessamento visa a substituição do combustível fóssil nos fornos de produção do cimento por outros materiais, especialmente biomassas e resíduos. É uma solução ambientalmente segura para gerenciamento de resíduos sólidos, uma tecnologia utilizada em diversos países do mundo e que garante a destinação e eliminação adequadas para diferentes tipos de resíduos. Já o uso de cimentícios tem o clínquer, material nobre obtido pela calcinação do calcário e outras matérias primas a altas temperaturas, como principal responsável pela emissão de CO2 no processo produtivo de cimento. Segundo a VC, é possível promover a economia circular e reduzir a pegada ambiental do cimento por meio da substituição do clínquer por subprodutos vindos de outras indústrias, como as escórias siderúrgicas e as cinzas das termoelétricas, além de outros materiais cimentícios, como argila calcinada, pozolanas naturais e outros materiais. 

A VC investirá cada vez mais em eficiência energética, pois possui hidrelétricas próprias e tem feito grandes aportes em energia solar e eólica. Sobre o desenvolvimento de tecnologias, a companhia usa processos inovadores, novos materiais, desmaterialização da cadeia de valor, parcerias com diversas entidades e academia para, cada vez mais, otimizar os recursos e reduzir a intensidade do carbono.