Tucano Gold investe US$ 40 milhões para retomar mina Tucano, no Amapá

03/01/2024
De acordo com a empresa, a operação será retomada gradativamente, iniciando-se com o processamento do minério de baixo teor e posteriormente na cava AB.

 

A Tucano Gold, empresa controlada pela Pilar Gold e um grupo de acionistas, está retomando as operações na mina Tucano, localizada em Pedra Branca do Amapari, no Amapá, que estava paralisada após o pedido de recuperação judicial por parte do antigo controlador.

De acordo com a empresa, a operação será retomada gradativamente, iniciando-se com o processamento do minério de baixo teor e posteriormente na cava AB. Paralelamente, a empresa está planejando o desenvolvimento da lavra subterrânea no depósito Urucum Norte. Para a retomada da operação, a empresa pretende utilizar um plano híbrido, com frota própria e de terceiros, a fim de reduzir os custos e o Capex inicial. A expectativa da companhia é de um cash cost de US$ 1 mil por onça e a escala de produção projetada em médio prazo é de 100 mil onças/ano. A capacidade instalada da planta, que foi modernizada em 2020, é de 10 mil toneladas/dia. Para a retomada, além do staff a empresa está contratando cerca de 1 mil pessoas, preferencialmente da região.

A retomada será feita em quatro fases: na primeira, será processado o minério de baixo teor estocado nas pilhas, que possibilitam uma produção de 2,5 mil onças/mês. O investimento nesta fase é baixo, da ordem de US$ 2 milhões. Posteriormente, será retomada a lavra a céu aberto, com aumento da produção para 5 mil onças/mês, com investimento de US$ 10 milhões, sendo a operação com frota própria. Na sequência, será retomada a lavra em Urucum Central, com investimento de US$ 18 milhões e por último se prevê a lavra subterrânea em Urucum Norte, no final de 2024, a uma escala de 3.500 onças/mês e investimento previsto de US$ 10 milhões.

A estimativa de recursos remanescentes em Tucano é de 1,8 milhão de onças, mas a empresa acredita que o potencial é maior, já que os corpos de minério conhecidos atualmente indicam potencial para reservas subterrâneas de alto teor. Além disso, a Tucano possui direitos minerários numa área de 2 mil km2 no Escudo Aurífero da Guiana, potencialmente favorável a ocorrências de ouro.