Mina Tucano pede recuperação judicial

07/09/2022
Controlada pela Great Panther, opera uma mina de ouro no Amapá, a cerca de 200 km da capital, que em 2021 produziu 79,3 mil onças do metal. 

 

A Mina tucano, subsidiária brasileira da Great Panther e seu controlador, a Beadell, ingressaram com um pedido de recuperação judicial em uma corte do Rio de Janeiro. O procedimento permite um acordo entre a companhia e seus credores visando a reestruturação operacional da companhia, a fim de solucionar os problemas financeiros. 

Com a recuperação judicial, a Mina Tucano e seus controladores permanecerão no controle dos ativos e gerenciando o negócio, ficando protegidos de sequestro de bens, a fim de proteger sua liquidez e ativos enquanto negociam com os credores o seu plano de recuperação judicial.  

A Mina Tucano, controlada pela Great Panther, opera uma mina de ouro no Amapá, a cerca de 200 km da capital, que em 2021 produziu 79,3 mil onças do metal. 

Deslistagem nas bolsas 

No dia 6 de setembro, como resultado do anúncio do pedido preventivo da Great Panther sob as regras do Bankruptcy and Insolvency Act do Canadá, a Toronto Stock Exchange (TSX) suspendeu as negociações com ações ordinárias da companhia e avisou que uma revisão de deslistagem seria solicitada. A revisão está prevista para 16 de setembro. 

Na mesma data, a companhia também recebeu notificação da NYSE (New York Stock Exchange) no sentido de que seriam iniciados os procedimentos para deslistar suas ações na bolsa americana. O argumento da NYSE é de que a Great Panther não mais cumpre com os padrões de listagem estabelecidos pela NYSE American Company Guide. Se a companhia elege não recorrer da determinação de deslistagem, no prazo de sete dias a determinação será definitiva. A companhia ainda está avaliando se recorre ou não.