Lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no trimestre

10/11/2021
Os bons resultados são explicados pelo aumento do volume de vendas e dinâmica de preços favorável.

 

A Votorantim Cimentos registrou lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no terceiro trimestre de 2021, crescimento de 57% em relação ao mesmo período do ano passado, e receita líquida global de R$ 6,4 bilhões no trimestre, 24% a mais em relação ao mesmo período de 2020. Os bons resultados são explicados pelo aumento do volume de vendas e dinâmica de preços favorável.

As vendas globais de cimento da Votorantim somaram 10,4 milhões de toneladas no terceiro trimestre deste ano, incremento de 7% em relação aos 9,7 milhões de toneladas comercializadas no mesmo período de 2020. A recuperação da economia global continua, porém em ritmo mais lento, ainda afetada pela pandemia Covid-19. “Nossos resultados neste trimestre foram sólidos e em linha com as nossas expectativas, principalmente devido à forte base de comparação com o terceiro trimestre de 2020. Aumentamos a nossa capacidade e seguimos focados em atender aos mercados em que atuamos. Temos um cenário desafiador pela frente e já estamos sentindo a inflação de custos, mas a companhia está preparada, com boas métricas operacionais e financeiras, que nos dão segurança para seguirmos com o nosso plano estratégico de longo prazo”, diz o CEO Global da Votorantim Cimentos, Marcelo Castelli.

A Votorantim Cimentos contabilizou Ebitda ajustado de R$ 1,7 bilhão entre julho e setembro, crescimento de 8% quando comparado ao mesmo período do ano passado, e margem EBITDA de 26%, redução de 4% sobre o mesmo trimestre de 2020, impactada pela inflação de custos. A alavancagem, medida pelo índice dívida líquida/EBITDA ajustado, foi de 1,54x, queda de 0,42x em relação a dezembro de 2020, mantendo-se dentro da política financeira da companhia. “Nossa alavancagem segue em queda desde o final do ano passado e temos mantido nossa tradicional disciplina financeira e gestão ativa de endividamento, fazendo frente a todas as aquisições internacionais anunciadas durante os nove primeiros meses do ano, como a operação recém-concluída da Cementos Balboa, na Espanha”, afirma o CFO Global da Votorantim Cimentos, Osvaldo Ayres Filho.

A Votorantim Cimentos realizou, em outubro, a emissão da sua 13ª debênture, com transação Sustainability-linked, alinhada aos princípios ESG, no valor de R$ 500 milhões. Além disso, a companhia aderiu à campanha Business Ambition for 1.5°C e agora faz parte de um seleto grupo de empresas de classe mundial que se comprometem a avançar rumo a uma economia de baixo carbono, visando que a temperatura global não aqueça mais que 1,5°C até 2050. A companhia oficializou o compromisso de alinhar suas metas de redução de emissões de CO2 com metas baseadas em ciência  Science-Based Targets Initiative (SBTi) e se uniu à campanha “Race to Zero” (Corrida ao Zero, em português) da ONU, que promove e incentiva que mais empresas, governos, instituições financeiras e educacionais se unam e atuem por um planeta mais saudável e com zero emissões de carbono.

No Brasil, a receita líquida da Votorantim Cimentos no trimestre foi de R$ 2,9 bilhões, aumento de 24% em relação ao terceiro trimestre de 2020. Já o EBITDA ajustado foi de R$ 672 milhões, crescimento de 11% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. Os resultados positivos no terceiro trimestre de 2021 devem-se principalmente ao crescimento do volume de vendas e preços, mesmo com uma forte base de comparação em relação ao 3T20 e dinâmica econômica com custos mais altos e elevação da inflação.

O mercado brasileiro de cimento encerrou os primeiros nove meses de 2021 com um total de 49,2 milhões de toneladas de cimento comercializadas, um aumento de 9,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). O cenário de forte crescimento observado no primeiro semestre de 2021, principalmente em função de uma base baixa de comparação no mesmo período do ano passado, agora segue uma curva de desaceleração, conforme esperado pela indústria cimenteira.