Usiminas projeta investimentos de até R$ 1,9 bilhão em 2024

09/02/2024
Em 2023, a Usiminas realizou o maior investimento desde 2010, chegando a R$ 3 bilhões

 

A Usiminas registrou um lucro de R$ 975 milhões no quarto trimestre de 2023 e conseguiu reverter o prejuízo de R$ 166 milhões do trimestre anterior. O Ebitda ajustado foi negativo de R$ 20 milhões no último trimestre, enquanto o Ebitda positivo somou R$ 625 milhões entre outubro e dezembro de 2023. “Melhoramos o nosso desempenho nos últimos meses por conta do forte foco em redução de custo. Apesar do impacto positivo, ainda temos muito para avançar na nossa competitividade”, explicou o presidente da Usiminas, Marcelo Chara. No total do EBTIDA de R$ 625 milhões, a empresa reportou que R$ 301 milhões se referem a efeitos contábeis não recorrentes, que não impactaram o caixa da companhia.

O lucro da Usiminas atingiu R$ 1,6 bilhão em 2023, uma queda de 22% em relação aos R$ 2 bilhões do ano anterior. As vendas alcançaram quatro milhões de toneladas, em volume, e renderam faturamento de R$ 27,6 bilhões, declínio de 4% e 15%, respectivamente. Já o EBTIDA, que avalia o desempenho operacional, somou R$ 1,7 bilhão no último ano, contra R$ 4,9 bilhões em 2022. “Olhando o ano como um todo, tivemos um ano desafiador por conta da Reforma do Alto-forno 3 e pela invasão do aço chinês. Estamos trabalhando para avançar na nossa produtividade, mas vemos com preocupação a competição desleal com venda abaixo do valor de custo” afirmou Marcelo Chara.

Em 2023, a Usiminas realizou o maior investimento desde 2010, chegando a R$ 3 bilhões e concluiu, em novembro, a reforma do Alto Forno 3, que tem capacidade para produzir três milhões de toneladas de ferro gusa. O aporte total no projeto foi R$ 2,7 bilhões e foram gerados nove mil empregos durante a obra. “A entrada em operação do Alto-forno aumenta a competitividade da Usiminas, melhorando a eficiência de consumo de combustíveis e de custos. Continuamos focados na transformação da Usiminas e na excelência industrial”, comentou Marcelo Chara.

Por conta da concorrência desleal com a importação, a Usiminas desligou o Alto-forno 1 e reduziu em 600 mil toneladas anuais a sua capacidade produtiva. Com os altos-fornos 2 e 3, a empresa totaliza 3,6 milhões de toneladas de ferro gusa. “A situação atual do mercado brasileiro nos impede de produzir na capacidade total. A importação representa hoje 20% do total de aço consumido no país”, comentou o presidente da Usiminas. Para o ano de 2024, a empresa projeta investimentos entre R$ 1,7 bilhão e R$ 1,9 bilhão.

Já a Mineração Usiminas aumentou as vendas de venda de minério de ferro em 4,8% e atingiu o recorde de 9,1 milhões de toneladas em 2023. A receita da unidade atingiu R$ 3,5 bilhões, uma queda de 2,4% em comparação a 2022. Já o EBTIDA somou R$ 1 bilhão, contra R$ 1,4 bilhão do mesmo período do ano anterior. “O resultado da Mineração foi impactado por fatores como valorização do Real frente ao Dólar e preço do minério. Mas conseguimos compensar com um maior volume de venda, principalmente com a exportação”, comentou Marcelo Chara.

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