St George Mining assina MoUs para nióbio e terras-raras em MG
A St George Mining Limited avançou no seu compromisso para desenvolver o mercado de nióbio e terras em Minas Gerais ao assinar dois Memorandos de Entendimento (MoU) visando a cooperação técnica com o Instituto de Terras Raras do Centro de Inovação e Tecnologia (CIT SENAI ITR). “Temos muito interesse em desenvolver terras raras no Brasil e a St George tem essa potencialidade. Além disso, também queremos otimizar as instalações do CIT SENAI ITR. Então, é com muita felicidade que assinamos essa parceria entre a St George e o SENAI”,”, afirmou o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, durante a cerimônia de assinatura, que aconteceu na sede da federação. Também estiveram presentes o diretor Regional do SENAI-MG, Cristiano Leal, o diretor de desenvolvimento da St George Thiago Amaral, e Adriano Rios, consultor da St George.
O primeiro acordo tem como foco o desenvolvimento de pesquisa, inovação e otimização nos minerais críticos, nióbio e terras-raras nas unidades do SENAI em Belo Horizonte, Itaúna e Lagoa Santa. Dessa forma, a empresa se compromete a fornecer matérias-primas para caracterização e criação de rotas de produção sustentáveis, eficientes e baseadas em princípios de alta circularidade. “Estamos focados em desenvolver uma tecnologia com assinatura mineira para esse mercado em expansão”, afirmou Amaral, da St George.
O diretor explicou que o documento é uma continuação da parceria firmada entre o governo de Minas e a mineradora durante a Missão à Austrália que aconteceu em novembro. “ Para nós é uma oportunidade desenvolver essa tecnologia conjuntamente com o SENAI e Fiemg. Afinal, temos a missão de contribuir com pesquisa e inovação para o desenvolvimento do mercado”, completou.
O segundo Memorando visa a produção demonstrativa de ímãs de terras-raras no CIT SENAI ITR, em Lagoa Santa. Esse conjunto chamado terras- raras, reúne 17 elementos químicos da série dos lantanídeos, além de escândio e ítrio, que são essenciais para várias tecnologias modernas de soluções de energia limpa. Por exemplo, baterias, eletrônicos, ímãs que podem ser usados na fabricação de motores e turbinas eólicas. Porém, esses minerais não são encontrados na forma elementar pura na natureza, mas sim em óxidos e compostos. Por isso, para a sua aplicabilidade final, é necessária uma etapa que demanda tecnologias especificas para sua produção.
O diretor Regional do SENAI Minas Gerais, Cristiano Leal, afirmou que tal documento é de extrema importância. “Nós hoje com o SENAI ITR estamos colocando o Brasil em um cenário ocupado majoritariamente pela China. Então, o Sena ITR, juntamente com a St George e outras indústrias, estão trazendo esforços para desenvolver novas tecnologias, que vão da mina até a produção dos ímãs”, disse. O Instituto de Terras Raras é referência nacional em pesquisa, desenvolvimento e inovação no setor de materiais estratégicos, com foco na criação de soluções tecnológicas para a indústria. O projeto prevê a produção demonstrativa de ímãs de terras raras na unidade, localizada em Lagoa Santa, impulsionando a cadeia de valor de minerais críticos no Brasil.