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CBMM investirá R$ 7 bilhões em Araxá

08/09/2021
A estimativa da CBMM é comercializar 45 mil toneladas de óxidos de nióbio até 2030. 

 

A CBMM anunciou plano de investimentos de R$ 7 bilhões, a partir de 2022, para ampliar sua capacidade de produção de nióbio na planta de Araxá (MG), das atuais 150 mil toneladas por ano para 210 mil toneladas anuais. Em 2021, a companhia planeja produzir 100 mil toneladas e se aproximar aos níveis de 2019. “Até 2030 queremos 35% do nosso negócio no segmento de baterias para carros elétricos. Hoje, destinamos 90% ao mercado siderúrgico, como o ferronióbio”, disse Eduardo Ribeiro, presidente da CBMM, ao Valor Econômico. A estimativa da CBMM é comercializar 45 mil toneladas de óxidos de nióbio até 2030. 

A CBMM afirma que o planejamento para os próximos seis ou sete anos será concluído e que o objetivo agora é vender 180 mil toneladas em produtos de nióbio em 2030. “Por isso a estruturação a longo prazo, pois precisamos atingir vendas de 100 mil toneladas ainda em 2021”, disse Ribeiro. 

Os novos investimentos em Araxá serão maiores que o ciclo anterior, por causa da construção de novas plantas na unidade, além de uma usina eólica no Complexo mineiro. A CBMM já tem acordo com a Cemig para garantir o abastecimento a Araxá. O novo projeto será todo greenfield, o que inclui toda a parte de infraestrutura de energia e de água. 

Apenas o novo depósito de rejeitos a seco da companhia vai demandar R$ 2 bilhões. A CBMM tem a licença de instalação da estrutura que deverá empilhar 70% do rejeito a seco. A parcela de rejeito fino será disposta numa barragem a jusante. O depósito a seco deve ficar pronto no final de 2026 ou início de 2027. 

A CBMM já estruturou parceria com a Toshiba, que utiliza óxido de nióbio para a produção de baterias desde 2018. No momento há negociação com a britânica Echion Technologies, que desenvolve materiais avançados para baterias de íons de lítio.