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Vale conclui descaracterização de mais duas estruturas

02/08/2022
As estruturas de Baixo João Pereira, na Mina Fábrica, em Congonhas (MG), e Dique 4 da barragem Pontal, em Itabira (MG) se somam a outras 7 já descaracterizadas.

 

A Vale concluiu, em julho, as obras de eliminação da barragem a montante Baixo João Pereira, na Mina Fábrica, em Congonhas (MG), e do Dique 4 da barragem Pontal, em Itabira (MG). As estruturas foram as primeiras descaracterizadas concluídas das cinco previstas para 2022. Ao todo, das 30 estruturas construídas pelo mesmo método da barragem de Brumadinho, a Vale já eliminou nove desde 2019. Ao final de 2022, serão 12, que representam 40% das estruturas previstas no Programa de Descaracterização da mineradora.

A descaracterização das barragens a montante da Vale fazem parte das ações da companhia para evitar que rompimentos como o da barragem em Brumadinho voltem a acontecer, e, desta forma, priorizando a segurança das pessoas e cuidados com o meio ambiente. A barragem Baixo João Pereira continha cerca de 72 mil m³ de sedimentos, que foram completamente retirados do reservatório e dispostos em pilhas de estéril da Mina Fábrica, conforme autorização prévia dos órgãos competentes. Não havia moradores na Zona de Autossalvamento (ZAS) da estrutura, que tinha Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) positiva e cumpria a função de conter os sedimentos provenientes das operações de mina no complexo Fábrica. Durante as obras foram gerados cerca de 230 empregos, a maioria para residentes da região de Congonhas. Após a conclusão da descaracterização, a Vale iniciou na mesma área a construção de uma nova barragem, em etapa única, para cumprir a mesma função da estrutura eliminada e manter o controle ambiental da região. O novo barramento tem conclusão prevista até o final deste ano. 

Já o Dique 4 também não recebia rejeitos desde 2014 e o material removido (cerca de 3,7 milhões de m³) foi disposto em área devidamente preparada dentro do próprio Sistema Pontal. Não havia moradores ou comunidades dentro da ZAS. Cerca de 130 trabalhadores, entre diretos e terceirizados, sendo mais de 70% da mão-de-obra local de Itabira, atuaram nas atividades. As obras complementares na estrutura, como a revegetação da área e drenagem, seguirão ao longo deste semestre.  Em Itabira, a estrutura de contenção Coqueirinho foi concluída, aumentando a segurança para a futura fase de obras dos diques Minervino e Cordão Nova Vista, que fazem parte do Sistema Pontal. A contenção funcionará como uma barreira para reter os rejeitos em caso hipotético de ruptura dos Diques e é a quarta estrutura de contenção implantada pela Vale para proteger comunidades e o meio ambiente próximos às barragens em processo de descaracterização no Brasil. Todo o processo, assim como as demais atividades do Programa de Descaracterização da Vale, é acompanhado pelos órgãos competentes e pela auditoria técnica do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Além da barragem Baixo João Pereira e do Dique 4 da barragem Pontal, já eliminadas, o Dique3 da barragem Pontal e a barragem Ipoema, em Itabira (MG); e o Dique Auxiliar da barragem 5, na Mina Águas Claras, em Nova Lima (MG), estão previstos para serem descaracterizados ainda em 2022. Essa transformação na gestão de barragens inclui a revisão de processos e práticas e está alinhada às melhores e mais rigorosas práticas internacionais, com destaque para a adoção do Global Industry Standard on Tailings Management (GISTM) – Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos. A previsão é que nenhuma barragem esteja em estado crítico de segurança (nível 3 de emergência) até 2025. 

Atualmente, mais de 4,8 mil trabalhadores atuam nas ações do Programa de Descaracterização, concentradas em Minas Gerais. Cerca da metade dos postos de trabalho são locais, onde as obras acontecem. A Vale considera que essa é uma forma de contribuir para a geração de emprego e renda nas localidades impactadas diretamente pelas atividades.