Uma trajetória marcada por muitos desafios

28/06/2022
Francisco Alves

A trajetória da Vale ao longo de oito décadas é repleta de desafios. Mas provavelmente o período mais desafiador é o da última década, em que a empresa tenta manter-se como principal produtor mundial de minério de ferro, se consolidar como importante player no mercado de metais que serão decisivos para a transição energética e ao mesmo tempo recuperar sua imagem (bastante afetada) perante a sociedade após os acidentes de Mariana e Brumadinho.

Acompanhe a linha do tempo com o percurso da Vale, saga que vai desde sua criação, com um capital de 200 mil contos de réis, aos dias de hoje, quando a empresa adota como estratégia a concentração de seus negócios em minério de ferro e metais básicos, desfazendo-se de ativos considerados não estratégicos, como os fertilizantes, cadeia de produção do alumínio, o carvão e o manganês. 

Os primeiros passos - 1º de junho de 1942

O nascimento formal - O presidente Getúlio Vargas assina o decreto-lei que criou a Companhia Vale do Rio Doce. Mas foi somente em 11 de janeiro do ano seguinte que aconteceu, no Rio de Janeiro, a Assembleia de Constituição definitiva da CVRD, fruto dos chamados Acordos de Washington, em que estava prevista a participação, em cargos estratégicos, de estrangeiros no comando da Companhia.

A CVRD é constituída como uma sociedade anônima, de economia mista, com capital inicial de 200 mil contos de réis, e a diretoria composta por cinco membros: um presidente e dois diretores de nacionalidade brasileira e mais dois diretores norte-americanos. A Companhia é organizada em dois departamentos básicos: o da Estrada de Ferro Vitória a Minas, a ser administrado por diretores brasileiros, e o das Minas de Itabira, dirigido conjuntamente por brasileiros e norte-americanos.

O primeiro superintendente nomeado, Israel Pinheiro, participou da solenidade de assinatura dos acordos realizada na capital norte-americana. Como seu primeiro ato no cargo, Pinheiro pediu uma tesoura emprestada, cortou a manga da camisa e disse: “Agora, mãos à obra”. A frase estaria presente nos folhetos que vendiam as ações da Companhia e explica, em parte, a trajetória da empresa desde então.

Leia a matéria completa na edição 421 de Brasil Mineral