SGB-CPRM apresenta Programa Urânio do Brasil

03/08/2021
País pode se tornar uma potência no setor, uma vez que pode vir a ter um dos maiores estoques de recursos do mineral.

 

O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) participou, dia 29 de julho, do Nuclear Trade & Technology Exchange (NT2E), evento coordenado pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN). Na ocasião, o SGB-CPRM apresentou o Programa Urânio do Brasil.

O Diretor de Geologia e Recursos Minerais, Marcio Remédio, disse que o mercado mundial de urânio tem crescido cada vez mais e as empresas e países estão à procura de novas matrizes energéticas alternativas, o que coloca a temática como de suma importância para o Brasil. 

No painel "Mineração e Combustível", Remédio apresentou o programa brasileiro sobre o minério e disse que o país pode se tornar uma potência no setor, uma vez que pode vir a ter um dos maiores estoques de recursos de Urânio. "O fato de contar com poucas áreas mapeadas e um vazio de informações faz com que o país seja praticamente inexplorado para o setor de Urânio", acrescentou.

Nos próximos dez anos, o programa do SGB-CPRM tem como objetivo buscar novos investimentos para explorar regiões em busca de grandes depósitos. "O programa tende a fazer uma avaliação do potencial de exploração do mineral, delimitar as principais áreas da exploração e estimular a mesma com dados assertivos e reduzindo riscos da exploração", concluiu Remédio.

O programa foi desenvolvido pela Divisão de Geologia Econômica, liderada pelo pesquisador Felipe Mattos Tavares, por meio do uso de técnicas de modelamento de potencial mineral em escala continental e uso de machine learning, com a participação dos pesquisadores Hugo Polo e Raul Meloni, Eduardo Marques, Bruno Calado (Divisão de Geoquímica), Isabele serafim e Iago Costa (Divisão de Geofísica). O projeto atende a uma demanda do Ministério de Minas e Energia para ampliar o conhecimento sobre o potencial do urânio no Brasil.