Segundo dados da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM) do Ministério de Minas e Energia, as importações do setor mineral somaram US$ 18,5 bilhões, enquanto as vendas externas alcançaram US$ 36,6 bilhões em 2016. Com isto, o setor fechou o ano passado com superávit comercial de US$ 18,5 bilhões. Os números englobam os setores da mineração (indústria extrativa, sem petróleo e gás) e a indústria da transformação mineral (metálicos, não metálicos e compostos químicos).

Apesar do superávit, o resultado de 2016 é 6% abaixo na comparação com o ano anterior, em razão do ciclo da desvalorização dos preços das principais commodities do setor. A balança comercial brasileira apresentou superávit de US$ 47,7 bilhões com exportações de US$ 185,2 bilhões e importações de 137,5 bilhões. As exportações do setor mineral participaram com cerca de 20% do total dessas exportações.

As exportações da mineração (indústria extrativa, excluindo petróleo e gás) participaram com 9,4% do resultado total brasileiro em 2016. Os embarques de minério de ferro cresceram 2,1%, passando de 366,2 milhões de toneladas em 2015 para 374 milhões toneladas em 2016. Entretanto, a receita gerada com essas vendas recuou 5,6%, atribuindo-se ao fraco desempenho das exportações de pelotas, que declinaram 42,5% e 53,7%, em volume e valor, respectivamente. As exportações de minério de ferro representaram 76% do total da mineração, 36% do setor mineral e 7,2 % das exportações brasileiras, em 2016. As importações da mineração totalizaram US$ 5,4 bilhões, queda de 21,7%, em relação a 2015. Além do declínio em volumes importados, com exceção do potássio, houve queda nos preços das principais commodities: Carvão Metalúrgico, Cobre (concentrado), Enxofre e Rocha fosfática. A arrecadação da CFEM passou de R$ 1,519 bilhão em 2015 para 1,797 bilhão em 2016, incremento de 18,3%. No período de janeiro a novembro de 2016, foram expedidos 12.607 alvarás de pesquisa, outorgadas 452 concessões de lavra e aprovados 1.541 relatórios de pesquisa.