VALE

Serra Sul pode ir a 150 milhões t

15/05/2019

 

A Vale estuda elevar a produção na Serra Sul, de Carajás (PA), para 150 milhões de toneladas anuais de minério de ferro a partir de 2020. A medida permitiria ampliar o uso de tecnologias que dispensam barragens. Esta expansão pode ocorrer enquanto a companhia tem diversas operações suspensas em Minas Gerais, em meio a uma revisão de segurança devido ao rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração em Brumadinho (MG), em 25 de janeiro. 
 
O S11D entrou em operação comercial em janeiro de 2017 e ainda está em fase de desenvolvimento. Outras áreas geológicas podem ser exploradas na região. A extração no S11D deverá atingir 75 milhões de toneladas em 2019, contra 58 milhões t no último ano. Para o próximo ano, mineradora prevê produzir 90 milhões de toneladas, e os planos são atingir capacidade de 100 milhões de toneladas a partir de 2022, conforme anunciado em dezembro.
 
A Vale não indicou como considera aumentar a produção para 150 milhões de toneladas na Serra Sul, que contém outras áreas a serem exploradas. Para fins geológicos, o S11D é apenas um bloco do corpo S11 que foi dividido em quatro partes: A, B, C e D. O potencial mineral do corpo S11 é de 10 bilhões de toneladas de minério de ferro, sendo que os blocos C e D possuem reservas de 4,24 bilhões de toneladas, segundo informações anteriormente publicadas pela Vale.
 
Os novos estudos poderiam ainda aumentar a flexibilidade operacional e logística da Vale em produtos de alta qualidade de Serra Sul, que têm contado com elevada demanda por parte dos chineses. O minério de ferro encontrado na região tem teor acima de 64% e facilita a utilização de tecnologias de processamento de minério de ferro que dispensa o uso de barragens de rejeitos. O material pode ser apenas britado e peneirado para ser classificado por tamanho, eliminando o uso de água e a fabricação de rejeitos de mineração em grandes quantidades.