PARANAPANEMA

Resultado negativo e acordo com a Glencore

26/07/2017

 

A Paranapanema obteve receita líquida total de R$ 643,9 milhões no segundo trimestre de 2017, o que representa uma queda de 50% na comparação com o mesmo trimestre do último ano. O resultado líquido registrado foi negativo em R$ 73,1 milhões no trimestre, uma redução de 74% em relação ao prejuízo de R$ 280,5 milhões do segundo trimestre de 2016.

O resultado representa recuo de 11,4% na margem líquida da Paranapanema, contudo uma melhoria de 10,4% quando comparado a 2016, que foi impactado pela baixa contábil de R$ 252,3 milhões em créditos fiscais relacionados ao imposto de renda diferido. O desempenho no segundo trimestre está relacionado à diminuição temporária da compra de matéria-prima para produção de cobre primário. A empresa registrou utilização média de 48% de sua capacidade instalada de cobre primário neste trimestre, ante 95% no mesmo período do ano passado.

A Paranapanema produziu 59,3 mil toneladas no segundo trimestre, queda de 44% com relação ao segundo trimestre de 2016. Foram produzidas 27,5 mil toneladas de cobre primário e 31,8 mil toneladas de produtos de cobre. Em coprodutos, como ácido sulfúrico e lama anódica, a companhia atingiu 157,6 mil toneladas.

Acordo com a Glencore

Durante o anúncio do balanço trimestral, a Paranapanema comunicou também acordo de investimento com a multinacional anglo-suíça Glencore, no contexto de seu processo de reestruturação. Conforme previsto no acordo, a Paranapanema poderá emitir novas ações que serão subscritas pela Glencore, que resultará em investimento de R$ 66 milhões. O negócio prevê ainda que a multinacional indique um membro para compor o conselho de administração da Paranapanema. A operação está sujeita às condições habituais de fechamento, como as aprovações regulatórias e o aumento de capital a ser realizado pela companhia, que serão posteriormente definidos pela Paranapanema, em conformidade com todos os aspectos regulatórios.

No trimestre a empresa deu continuidade ao conjunto de medidas que integram o plano de reestruturação da companhia. “O acordo com a Glencore, o processo de capitalização, o reperfilamento da dívida e o novo plano de negócios são os principais esforços empenhados pela direção da empresa, em conjunto com acionistas e credores, para retomar a plena atividade operacional da Paranapanema e a geração de valor aos investidores”, afirmou Marcos Câmara, presidente da Paranapanema.

A Paranapanema renegociou 84% das dívidas com os seus credores e tenta concluir o reperfilamento da dívida. Com a renegociação, a direção da empresa pretende aumentar a liquidez da Paranapanema e, ao mesmo tempo, reduzir o nível de alavancagem, por meio da melhora significativa do perfil de sua dívida.