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Receita e lucro líquido caem no trimestre

17/08/2022
O lucro líquido da Companhia atingiu R$ 369 milhões no trimestre, 93% inferior ao do mesmo trimestre de 2021 e 73% abaixo do primeiro trimestre de 2022.

 

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) registrou receita líquida de R$ 10.566 milhões no segundo trimestre de 2022, ou 31% a menos quando comparado ao mesmo período de 2021. Em relação ao primeiro trimestre de 2022, a queda foi de 10,2%, em consequência, principalmente, dos ajustes negativos do preço Platts para o minério de ferro no segmento de mineração, que acabou por não compensar o maior volume de vendas verificado no período. O lucro líquido da Companhia atingiu R$ 369 milhões no trimestre, 93% inferior ao do mesmo trimestre de 2021 e 73% abaixo do primeiro trimestre de 2022, em razão do impacto do ajuste do preço do minério de ferro, que foi parcialmente compensado pelo sólido resultado da siderurgia e pelo resultado recorde de cimentos. 

No segundo trimestre de 2022, o EBITDA ajustado da CSN somou R$ 3.262 milhões, uma queda de 60% sobre o segundo trimestre do último ano e de 31% sobre os três primeiros meses de 2022. A margem Ebitda despencou de 53,1%, no segundo trimestre de 2021, para 29,7% no segundo trimestre deste ano, recuo de 23,3% sobre o segundo trimestre do  ano passado e uma redução de 9,2% sobre o primeiro trimestre de 2022. Essa redução de rentabilidade é consequência direta do desempenho no segmento de mineração, com a menor realização de preço do minério de ferro durante o período. Quando se observa os demais segmentos, há estabilidade em siderurgia e uma forte recuperação de rentabilidade para cimentos, que voltou a apresentar margens acima dos 30% (foi 34,2% no 2T22). 

No final do segundo trimestre, a dívida líquida consolidada da CSN atingiu R$ 21.034 milhões, com a manutenção de um caixa elevado da Companhia, e com o indicador de alavancagem medido pela relação Dívida Líquida/EBITDA atingindo 1,31x. Esse aumento da alavancagem é consequência da variação cambial e dos desembolsos realizados no período, como o pagamento de dividendos e JCP, além da aquisição das PCHs Santa Ana e Sacre. 

A CSN continua ativa para alongar sua dívida e concluiu ao longo do trimestre a operação de longo prazo com a SACE, no valor de US$ 375 milhões, na sua subsidiária CSN Mineração (CMIN), que também emitiu sua 2° operação de debêntures de infraestrutura no valor de R$ 1,4 bilhão. Esses recursos serão utilizados nos projetos de expansão de capacidade no segmento de mineração. 

A CSN investiu um total de R$ 838 milhões no segundo trimestre de 2022, um aumento de 20% contra o trimestre anterior, como resultado do avanço nos projetos de expansão da mineração, como os de Itabirito, filtragem de rejeito e de expansão do porto, além de reparos nas operações de siderurgia e nas baterias de coque da UPV. 

As vendas de aço somaram 1,066 milhão t (mercado externo e interno), o que representa um decréscimo de 17% sobre o mesmo trimestre de 2021, enquanto as vendas de minério de ferro atingiram 7,574 milhões de toneladas (mercado externo e interno), 17% inferior ao segundo trimestre de 2021. Em relação aos três primeiros meses do ano, as vendas de aço e minério de ferro registaram queda de 8% e aumento de 9%, respectivamente. A produção de placas da CSN somou 890 mil toneladas no segundo trimestre de 2022, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior. Por sua vez, a produção de laminados planos atingiu 767 mil t, o que representa uma contração de 7,3% em relação ao primeiro trimestre, em decorrência de manutenções planejadas na linha de produção. A CSN substituiu o custo caixa C1 na mineração de US$18/ton para um patamar entre US$20/ton e US$22/ton em 2022 e a projeção de produzir um volume total de minério de ferro mais compras de terceiros entre 36.000 – 38.000 mil t no fechamento de 2022.