AÇO

Produção na AL cai 8% até outubro

21/12/2016

 

Segundo a Associação Latino-Americana do Aço (Alacero), a produção de aço bruto atingiu 49,3 milhões de toneladas na América Latina e Caribe entre janeiro e outubro deste ano, o que representa um decréscimo de 8% na comparação com o mesmo período de 2015. O Brasil continua a ser o principal produtor com 52% do total regional (25,6 milhões de toneladas), no entanto, apresentou uma contração ano a ano de 9%. Já a produção de aço laminado no mesmo período alcançou 42,4 milhões de toneladas, 6% abaixo do conferido em 2015. Com 17,7 milhões de toneladas, o Brasil segue na liderança na região e responde por 42% do total produzido, seguido pelo México, com 15,7 milhões de toneladas e participação de 37% na AL.

Entre os primeiros dez meses do ano, a região atingiu um consumo de aço laminado de 51,4 milhões de toneladas, recuo de 9% ante o mesmo período de 2015. Os principais países que aumentaram seu consumo, tanto em termos absolutos como percentuais, foram Peru (200 mil toneladas adicionais e crescendo 9%), México (178 mil toneladas adicionais e crescendo 1%) e Honduras (19 mil toneladas adicionais e crescendo 7%). Em contrapartida, no Brasil o consumo de aço laminado se retraiu 2,5 milhões de toneladas, caindo 14% em relação ao mesmo período do ano passado. Argentina, Chile, Colômbia e Equador registraram quedas de 23%, 8%, 10% e 13%, respectivamente. Do total latino-americano, 52% correspondem a produtos planos (26,9 milhões de toneladas), 47% a produtos longos (23,9 milhões de toneladas) e 1% a tubos sem costura (624 mil toneladas).

Entre janeiro e outubro, a América Latina e Caribe importou 16,6 milhões de toneladas de aço laminado, 16% menos que o importado em janeiro-outubro 2015 (19,8 milhões de toneladas). Deste total, 63% correspondem a produtos planos (10,5 milhões de toneladas), 34% a produtos largos (5,7 milhões de toneladas) e 2% a tubos sem costura (393 mil toneladas). Atualmente, as importações de laminados representam 32% do consumo da região.

As exportações latino-americanas de aço laminado chegaram a 7,2 milhões de toneladas, queda de 1% sobre o mesmo período de 2015 (7,3 milhões de toneladas). Deste total, 50% correspondem a produtos planos (3,6 milhões de toneladas), 41% a produtos longos (3,0 milhões de toneladas) e 10% a tubos sem costura (692 mil toneladas). Com este desempenho, o setor fechou os dez primeiros meses de 2016 com déficit comercial de 9,4 milhões de toneladas de aço laminado, volume 25% menor que o verificado entre janeiro e outubro de 2015 (12,6 milhões de toneladas). Nesse período, Brasil foi o único país que manteve um superávit em seu comércio de aço laminado, 2,9 milhões de toneladas. O maior déficit ficou com o México, de 3,8 milhões de toneladas, seguido por Colômbia (1,9 milhão de toneladas), Peru (1,3 milhão de toneladas) e Chile (1,3 milhão de toneladas).

As projeções são de que novembro tenha fechado com produção de aço bruto de 4,9 milhões de toneladas, 7% inferior a outubro e 1% abaixo sobre novembro de 2015. O volume acumulado nos onze primeiros meses do ano atingiu 54,2 milhões de toneladas, 8% menos que jan-nov 2015. A produção de laminados fechou em 4,3 milhões de toneladas, 5% menos que outubro 2016 e 2% menos que novembro 2015. O volume acumulado nos onze primeiros meses do ano atingiu 46,7 milhões de toneladas, 5% menos que jan-nov 2015.