AÇO

Produção de laminados cai na América Latina

23/06/2016

 

Segundo a Associação Latino-Americana do Aço (Alacero) a produção de aço bruto atingiu 18,5 milhões de toneladas nos quatro primeiros meses de 2016, 13% de queda em relação ao mesmo período de 2015. O Brasil respondeu por 53% da produção regional (9,7 milhões de toneladas), retração de 14% na mesma comparação. A produção de laminados somou 16,5 milhões de toneladas no período, 10% a menos que no quadrimestre inicial do ano passado. O Brasil foi o principal produtor (6,7 milhões de toneladas), 41% do total latino-americano, seguido pelo México (6,1 milhões de toneladas), com 37%.

O consumo de aço laminado alcançou 20,5 milhões de toneladas entre janeiro e abril, 16% a menos sobre o mesmo quadrimestre de 2015. Os maiores aumentos em termos absolutos e percentuais foram registrados no México (93 mil toneladas adicionais, alta de 1%), Guatemala (24 mil toneladas adicionais, crescimento de 32%) e Guatemala (5 mil toneladas adicionais e 2% de incremento). Por outro lado, no Brasil o consumo caiu 2,5 milhões de toneladas, retração de 30%, enquanto Argentina, Chile e Colômbia registraram quedas de 9%, 6% e 1%, respectivamente. Do total latino-americano, 53% correspondem a produtos planos (10,9 milhões de toneladas), 46% a produtos longos (9,4 milhões de toneladas) e 1% a tubos sem costura (223 mil toneladas).

Nos quatro primeiros meses de 2016, a América Latina importou 7,1 milhões de toneladas de aço laminados, 21% menos que nos quatro primeiros meses de 2015 (9,0 milhões de toneladas). Deste total, 66% correspondem a produtos planos (4,7 milhões de toneladas), 32% a produtos longos (2,3 milhões de toneladas) e 2% a tubos sem costura (137 mil toneladas). Atualmente, as importações de laminados representam 35% do consumo da região, o que traz um desestímulo para a indústria local, atritos comerciais e põe em risco fontes de trabalho. Já as exportações de aço laminado atingiram 2,9 milhões de toneladas, aumento de 17% (2,5 milhões de toneladas). Deste total, 54% correspondem a produtos planos (1,6 milhão de toneladas), 38% a produtos longos (1,1 milhão de toneladas) e 7% a tubos sem costura (217 mil toneladas).

Com estes resultados, o setor fechou o quadrimestre com déficit comercial de 4,2 milhões de toneladas de aço laminado, 36% a menos comparado ao mesmo período do último ano (6,5 milhões de toneladas). No período houve um excedente em seu comércio de aço laminado de 1,3 milhão de toneladas. O maior déficit foi no México (-2,1 milhões de toneladas), seguido pela Colômbia (-858 mil toneladas), Peru (-560 mil toneladas) e Chile (-523 mil toneladas).

A produção de aço bruto em maio alcançou 4,8 milhões de toneladas, 6% a mais do que em abril 2016 e 13% menos que em maio 2015. O volume acumulado nos cinco primeiros meses do ano é de 23,3 milhões de toneladas, 13% menos do que em 2015. A produção de laminados fechou em 4,3 milhões de toneladas, 5% menos que em abril 2016 e 3% menos que em maio 2015. O volume até maio atingiu 20,7 milhões de toneladas, 8% menos que os cinco meses iniciais de 2015.