ARCELORMITTAL

Preços prejudicam resultados em 2015

10/02/2016

 

“2015 foi um ano muito difícil para as indústrias de siderurgia e mineração. Apesar da demanda em nossos mercados principais ter permanecido forte, os preços se deterioraram significativamente durante o ano, como resultado de um excesso de capacidade na China”, disse o CEO Lakshmir Mittal, ao comentar o desempenho do grupo ArcelorMittal no último trimestre de 2015, em que o gigante mundial da siderurgia registrou uma redução de 18,4% no EBITDA, o qual somou US$ 1,1 bilhão. No ano, o EBITDA foi de US$ 5,2 bilhões, enquanto a perda líquida no período ficou em US$ 7,9 bilhões, incluindo US$ 4,8 bilhões de baixas contábeis no segmento de mineração. Mas a dívida líquida caiu, passando de US$ 16,8 bilhões para US$ 15,7 bilhões.

“Ao longo do ano estivemos focados na implementação de uma série de medidas de redução de custos e que visam assegurar que nosso negócio se adapte às condições do mercado. Como resultado dessas medidas, conseguimos, chegar ao final do ano com uma dívida líquida menor do que aquela registrada no final de 2014, mesmo com um EBITDA significativamente menor. Ainda assim, anunciamos uma desapontadora perda líquida que inclui baixas contáveis em nossos ativos de mineração, como resultado de uma queda considerável no preço do minério de ferro”, acrescentou o dirigente. Ele disse também que o negócio de mineração do grupo está procurando se adaptar ao ambiente de preços baixos e reduziu o cash cost em 20%, acima da meta inicial para o ano, que era de 15%. Para 2016 o objetivo é reduzir os custos em mais 10%.

A expectativa do CEO da ArcelorMittal é de que 2016 será outro ano difícil para as indústrias de siderurgia e mineração. “Está claro que a China tem o desafio de reestruturar sua indústria do aço visando adaptá-la a uma situação de menor crescimento econômico, mas as notícias recentes relacionadas a fechamento de capacidades são encorajadoras”, afirmou.

O grupo ArcelorMittal propôs um aumento de capital da ordem de US$ 3 bilhões, juntamente com a venda de sua participação minoritária na Gestamp, por US$ 1 bilhão. Além disso, anunciou planos para reduzir seu endividamento em pelo menos US$ 4 bilhões, levando o total para cerca de US$ 12 bilhões.