O lado obscuro da exploração ilegal no Brasil

03/06/2022
Brasil teria exportado 229 toneladas de ouro com indícios de ilegalidade entre 2015 e 2020, quase a metade de todo o ouro exportado pelo País.

 

O Instituto Escolhas lançou a plataforma ‘O que não lhe contam sobre o ouro’, que reúne todas as informações necessárias para revelar o lado obscuro da exploração ilegal do metal no Brasil. Um dos destaques da ferramenta é o gráfico de fluxos, que permite visualizar as ligações entre o ouro com indícios de ilegalidade e a produção do metal por estado, além dos fluxos de exportação. A plataforma mostra que o Brasil exportou 229 toneladas de ouro com indícios de ilegalidade entre 2015 e 2020. O montante – revelado em um estudo recente do Escolhas – é quase a metade de todo o ouro produzido e exportado pelo Brasil. 

‘O que não lhe contam sobre o ouro’ explica quem são os agentes envolvidos nas cadeias de produção e consumo de ouro, os impactos dessas cadeias na vida das populações originárias, a ameaça que o metal contaminado representa para o mercado internacional e os possíveis caminhos para transformar o cenário, acabando com um ciclo de violência e destruição ambiental. “Essa nova plataforma é uma fonte segura de informações sobre o ouro no Brasil. Hoje, não existe transparência sobre os dados e ainda se fala muito pouco sobre os problemas dessa cadeia produtiva e sobre as soluções para resolvê-los. É uma forma de trazer as pessoas para a discussão e cobrar das autoridades ações concretas para acabar com o ouro ilegal e todos os seus terríveis impactos. A plataforma traz tudo isso”, afirma Larissa Rodrigues, gerente de Portfólio do Escolhas e responsável pelo projeto. 

O objetivo da plataforma é atualizar cada vez mais os novos dados e evidências do mercado aurífero nos próximos meses. “O Instituto Escolhas tem se dedicado ao tema da mineração ilegal e a meta é colher mais informações sobre o assunto e, mais do que isso, queremos trazer proposições. E não vai demorar. Teremos um novo conteúdo em breve, focado na solução deste problema’, afirma Larissa.

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