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“Mineração brasileira terá boom sem precedentes”

04/08/2022
Dos US$ 1,5 trilhão que o setor de mineração vai exigir nos próximos 15 a 20 anos para projetos greenfield, boa parte será destinada a projetos no Brasil.

 

“O Brasil fornece condições muito favoráveis para desenvolvimento do segmento de mineração. Dos US$ 1,5 trilhão que o setor de mineração vai exigir nos próximos 15 a 20 anos para projetos greenfield, boa parte será destinada a projetos no Brasil. Se preparem, porque o que o Brasil vai viver nos próximos 15 ou 20 anos, em mineração, não tem precedentes”.  Foi o que opinou Rodrigo Barbosa, CEO da Aura Minerals – única empresa produtora de ouro e cobre listada na bolsa brasileira – durante o Forum de Investimentos em Mineração, promovido pela Rede Investmining, em São Paulo. 

Argumentando que maioria dos investimentos em não-ferrosos no Brasil foi desenvolvida por investidores estrangeiros, ele disse que está na hora do brasileiro assumir o papel de protagonismo e investir no setor de mineração, porque poucos setores vão possibilitar retornos do investimento tão atrativos. 

Para Barbosa, os investidores brasileiros estão começando a se acostumar com o setor de mineração e cita o exemplo da Aura, que já tem mais de 2/3 de suas negociações com ações feitas no Brasil (a empresa também é listada na bolsa do Canadá). E, pouco mais de um ano e meio após o seu IPO na bolsa brasileira, a empresa já tem mais de 43 mil acionistas. Além disso, no período de apenas três anos a Aura Minerals já levantou R$ 1,3 bilhão, seja no mercado de equity (R$ 900 milhões) ou no de dívida (R$ 400 milhões), o lhe permitirá impulsionar o seu crescimento durante os próximos anos. A empresa cresceu 32% em 2021 e tem perspectivas de crescer ainda mais nos próximos anos, apenas com os projetos que tem em seu portfólio, ou seja, sem contar as aquisições que deverão acontecer. 

O CEO também comemora a grande valorização da companhia, que em poucos anos saiu de um valor de US$ 30 milhões para cerca de US$ 600 milhões, embora considere que ela ainda está subvalorizada, tendo em vista seu potencial de crescimento. 

Para Rodrigo Barbosa, o Brasil deverá atrair muito capital – nacional ou estrangeiro – nos próximos anos, porque “tudo que foi preparado pelo governo nos últimos seis anos nos colocou em um estágio de maturidade regulatória e ambiental que vai impulsionar o crescimento da mineração como nunca se teve nos anos anteriores”. 

Ele acrescenta que, para ter sucesso em IPO no Brasil as empresas de mineração, pelo menos num primeiro momento, precisam apresentar baixo risco, o que significa dizer que de preferência já tenham algum ativo em fase de produção, gerando caixa, o que de certa forma afasta as junior companies ainda em estágio de pesquisa mineral.  

O executivo demonstra otimismo com o mercado de capitais no Brasil, que “é robusto, tem um mercado de equity bem desenvolvido, um mercado de dívida muito grande, em que o setor de mineração pode se inserir”. 

E elogia a qualidade da mão de obra. “O Brasil tem um histórico de mineração muito grande, tem universidades formando gente há mais de 100 anos, geólogos, engenheiro de minas, engenheiros metalurgistas, o que traz uma tranquilidade grande para desenvolver o setor de mineração com time brasileiro, consultores brasileiros, técnicos brasileiros e isso pode impulsionar o desenvolvimento da mineração nos próximos anos”, conclui.