Minas terá condições de recuperar seu protagonismo?

05/10/2021

Francisco Alves

Minas Gerais terá condições de recuperar o seu protagonismo na produção mineral no País? Esta é a pergunta que muitos fazem atualmente, principalmente aqueles que dependem diretamente da mineração. Porém, talvez antes de perguntar por que o estado perdeu seu posto para o Pará, tenha-se que indagar o que levou um setor tão tradicional e decisivo na história econômica e social de Minas Gerais a perder proeminência a partir de 2016, passando a ter sua própria existência questionada pela sociedade, tanto dentro quanto fora do território mineiro. Diante disso, surge uma outra pergunta, feita por gente tanto de dentro quanto de fora do setor: qual será o futuro da mineração em Minas Gerais?

Para buscar as respostas é necessário voltar no tempo, ou seja, o que levou Minas Gerais a se tornar o centro da atividade de mineração no País e a ser um estado minerador por excelência? De acordo com a professora Virgínia Ciminelli, da UFMG e membro do Conselho Consultivo de Brasil Mineral, há três momentos marcantes na história da mineração em Minas Gerais. O primeiro é o ciclo do ouro, o segundo o início da produção de minério de ferro e o terceiro o superciclo, que levou a um crescimento exponencial da produção da commodity.

O ciclo do ouro teve início no final do Século XVII, quando o metal foi encontrado no Brasil. A extração do metal floresceu durante o século XVIII, tornando o Brasil o maior produtor do metal no mundo. A descoberta do ouro em Minas Gerais teve importantes repercussões, pois causou um grande afluxo de pessoas para a região – fala-se em meio milhão de pessoas – tendo Ouro Preto – que foi uma das grandes aglomerações urbanas no período colonial como ponto focal. “Ouro Preto foi também o berço de diversas expressões artísticas – na pintura, na escultura, na arquitetura e na música – que constituíram um estilo denominado Barroco Mineiro. A magnitude do ciclo do ouro em Minas Gerais só foi igualada depois com a descoberta de ouro na Califórnia, na Austrália e na África do Sul”, diz a professora.

Leia o artigo completo na edição 413 de Brasil Mineral