VOTORANTIM

Lucro líquido tem redução de 47%

17/08/2016

 

A Votorantim encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 318 milhões, 47% inferior na comparação com o mesmo trimestre de 2015, enquanto a receita líquida, de R$ 7,6 bilhões, caiu 4% no mesmo período. O Ebitda ajustado, de R$ 1,5 bilhão, recuou 17% entre abril e junho. A margem Ebitda ficou em 20%. Os investimentos foram de R$ 773 milhões no trimestre. No acumulado do ano, os investimentos alcançaram R$ 1,4 bilhão, aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os investimentos voltados aos projetos de expansão representaram 47% do Capex, em linha com a estratégia de diversificação geográfica e de negócios. Deste total, 85% têm como focos ampliações de plantas de cimento, com destaque para os projetos no exterior – Turquia (Sivas), Estados Unidos (Charlevoix) e Bolívia (Itacamba).

No Brasil, os investimentos foram concentrados na área de energia, na construção de sete parques eólicos no Piauí, com capacidade instalada de 206 MW e em mineração, com o aprofundamento da mina de Vazante (MG), estendendo sua vida útil até o ano de 2026. “Mesmo em um ambiente volátil, tomamos a decisão de manter investimentos em projetos que já estavam aprovados”, diz João Miranda, Diretor presidente da Votorantim S.A. “A recente estabilização dos volumes vendidos no mercado brasileiro pode indicar que estamos próximos do ponto de inflexão e de uma futura recuperação da economia”, completa.

A apreciação do real frente o dólar refletiu numa redução da dívida bruta, que fechou o trimestre em R$ 24,6 bilhões, ante R$ 30,5 bilhões no final do ano passado. O caixa da Votorantim, no fim do segundo trimestre, foi de R$ 8,3 bilhões – sendo que a companhia conta ainda com R$ 3,9 bilhões em linhas adicionais de crédito em moeda estrangeira (revolving credit facilites).

No início de junho, o Grupo anunciou a criação da Votorantim Metais Holding (VMH), que contempla as operações de zinco no Brasil e Peru e operações comerciais na Áustria, com o objetivo de refletir os desafios globais da estratégia de crescimento em mineração nas Américas. A CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, com governança autônoma à Votorantim Metais, continua responsável pelas operações de alumínio. Com a reestruturação, a CBA também passou a ser responsável pela gestão dos ativos de níquel.

Na área de Cimentos, a Votorantim totalizou receita líquida de R$ 3,482 bilhões, 2% inferior ao segundo trimestre do ano passado, com destaque para a América do Norte – com um incremento de 7% na receita líquida em dólar. O Ebitda ajustado consolidado foi de R$ 745 milhões, queda de 17% frente ao segundo trimestre de 2015. Já a Votorantim Metais Holding registrou crescimento de 3% na produção de concentrados em relação ao mesmo período de 2015, por conta dos maiores volumes de minério de zinco e de cobre produzidos nas unidades de Vazante (MG) e Cerro Lindo (Peru), respectivamente. Outro destaque foi a queda de 15% nas despesas administrativas, reflexo do programa de redução de custos implementado em todas as unidades da VMH. A receita líquida da divisão foi de US$ 459 milhões, 9% inferior ao segundo trimestre do ano passado, principalmente devido à depreciação de 12% no preço do zinco negociado na Bolsa de Metais de Londres (LME).