PETROBRAS

Endividamento recua R$ 42,8 bi no trimestre

19/05/2016

 

A Petrobras obteve Ebitda ajustado de R$ 21,1 bilhões no 1º trimestre de 2016 ante os R$ 21,5 bilhões do mesmo período do ano passado. A margem Ebitda no trimestre chegou a 30%. Este é 4º trimestre consecutivo de fluxo de caixa livre positivo – R$ 2,4 bilhões - em função das maiores margens de diesel e gasolina no mercado interno, menores gastos com participações governamentais e importações, além da redução dos investimentos. O índice dívida líquida sobre Ebitda ajustado (últimos 12 meses) reduziu de 5,31 em 31 de dezembro de 2015 para 5,03 em 31 de março de 2016.

A Companhia conseguiu reduzir o endividamento bruto em R$ 42,8 bilhões, de R$ 492,8 bilhões, no 4º trimestre de 2015, para R$ 450 bilhões no trimestre inicial de 2016. O endividamento líquido em dólares aumentou 3% no trimestre na comparação com os três últimos meses de 2015. Os investimentos da Petrobras totalizaram R$ 15,6 bilhões entre janeiro e março deste ano, 13% a menos que o mesmo período de 2015. Em dólares, os investimentos somaram US$ 4 bilhões, um recuo de 36%. O segmento de Exploração e Produção concentrou 88% dos recursos, com foco em projetos de aumento da capacidade produtiva de petróleo e gás, especialmente no Pré-Sal.

A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras atingiu 2.616 mil barris de óleo equivalente por dia

(boed), uma redução de 7% em comparação com o mesmo trimestre de 2015. A produção exclusiva de petróleo e LGN no Brasil foi de 1.980 mil bpd, o que representa uma queda de 8% em comparação com o 1º trimestre do último ano. Já a produção exclusiva de gás natural recuou 3% na mesma comparação. A produção de petróleo, LGN e gás natural no Brasil do trimestre foi impactada pela realização de paradas para manutenção, principalmente, nas unidades P-58 (Parque das Baleias), P-35 (Marlim), FPSO Cidade de Vitória (Golfinho), FPSO Capixaba (Cachalote / Baleia Franca) e P-53 (Marlim Leste).

Na camada Pré-Sal, a produção de petróleo operada pela Petrobras atingiu 859 mil barris por dia (bpd), incremento de 29% em relação ao 1º trimestre do último ano. A produção de petróleo e gás natural se mantém acima da marca de 1 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boed) desde julho de 2015.A produção internacional foi de 181 mil boed, 3% abaixo daquela do trimestre inicial de 2015.

A produção de derivados somou 1.958 mil bpd, mantendo-se estável em relação ao resultado do mesmo trimestre do último ano.

O lucro bruto alcançou R$ 21 bilhões, 6% a menos em relação ao 1º trimestre de 2015. O lucro operacional atingiu R$ 8,1 bilhões, uma redução de 37% em comparação com o mesmo trimestre de 2015. O desempenho reflete a redução do lucro bruto, os maiores gastos com ociosidade de equipamentos, principalmente sondas, e impairment nos campos de Bijupirá e Salema. O resultado financeiro foi negativo em R$ 8,7 bilhões, registrando uma despesa líquida adicional de R$ 3,1 bilhões. Contribuíram para este resultado o maior efeito de variação cambial, a maior reclassificação do hedge accounting para o resultado e o acréscimo nas despesas com juros, refletindo o maior endividamento e o efeito da depreciação do real frente ao dólar. A Companhia apresentou prejuízo de R$ 1,2 bilhão no trimestre, em função, principalmente, das maiores despesas de juros e variações monetárias e cambiais negativas, redução da produção de petróleo e gás natural, queda das vendas de derivados no mercado doméstico, aumento dos custos com depreciação e maiores gastos com ociosidade de equipamentos.

As vendas de derivados da Petrobras no 1º trimestre de 2016 somaram 2.056 mil bpd, 8% a menos que no mesmo trimestre de 2015. Os principais destaques foram: Diesel (-12%): aumento das vendas por importadores e menor geração pelas termelétricas a diesel do SIN

(Sistema Interligado Nacional); Óleo combustível (-33%): menores entregas para demanda térmica em vários estados e a Nafta (-10%): menor demanda do setor petroquímico, principalmente Braskem. A balança comercial de petróleo e derivados da Petrobras apresentou déficit de 33 mil bpd, ante um déficit de 225 mil bpd no 1º trimestre do ano passado. Considerando apenas petróleo, o saldo da balança comercial foi positivo em 108 mil bpd, um resultado superior ao do 1T15 (4 mil bpd). A balança comercial de derivados, por sua vez, registrou um déficit de 141 mil bpd, contra um déficit de 229 mil bpd no trimestre inicial de 2015.