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Ebitda ajustado de R$ 552 milhões é recorde

10/05/2022
A receita líquida consolidada atingiu R$ 2,3 bilhões, crescimento de 31% em relação ao mesmo trimestre do último ano.

 

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) registrou lucro líquido de R$ 426 milhões no primeiro trimestre de 2022, revertendo o prejuízo de R$ 133 milhões do mesmo trimestre de 2021, que ainda estava sob impacto da crise econômica que se seguiu à pandemia da COVID-19. A receita líquida consolidada atingiu R$ 2,3 bilhões, crescimento de 31% em relação ao mesmo trimestre do último ano, enquanto o Ebitda ajustado alcançou R$ 552 milhões, uma alta de 53% e um novo recorde trimestral. 

O preço do alumínio no mercado internacional continuou em alta, gerando expectativas positivas para toda a indústria, com a média do trimestre alcançando US$ 3.280/t, 56% a mais comparado ao mesmo período de 2021. A alta favoreceu o avanço de 32% da receita líquida do negócio de alumínio, compensando a queda de 9% no volume vendido, que atingiu 109 mil toneladas entre janeiro e março de 2022, em função da demanda mais fraca no mercado doméstico. Os efeitos da queda das vendas provocada pela retração da atividade interna foram parcialmente neutralizados pelo redirecionamento de parte da produção da empresa para exportação. Em alumínio primário, as vendas de tarugo somaram 10 mil toneladas no trimestre, dez vezes mais do que no mesmo período do último ano (0,9 mil toneladas). A ação é pontual e não altera a estratégia da empresa, que tem como prioridade atender o mercado interno, e focar suas exportações nos produtos transformados, de maior valor agregado. 

A venda de produtos reciclados da CBA aumentou em 4 mil toneladas no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, já como resultado da conclusão da compra da Alux do Brasil, concluída em janeiro de 2022. A companhia é um dos principais fornecedores de alumínio secundário do país, produzido a partir da reciclagem de sucata que constitui importante fonte de produção do metal, e a aquisição de 80% do seu capital complementa o portfólio da CBA com uma capacidade de 46 mil toneladas de alumínio reciclado por ano, a partir de fevereiro de 2022, reforçando o posicionamento da empresa no mercado de reciclagem e a produção de alumínio com uma pegada de carbono cada vez menor. 

A CBA mantém o objetivo de antecipar a entrega de projetos anunciados no IPO, como a automatização da tecnologia de alimentação de fornos, que vai reduzir as emissões atmosféricas e de GEE (Gases de Efeito Estufa) na etapa mais eletrointensiva da produção do alumínio e levar a um menor consumo de água, aumento da eficiência energética e melhora da segurança operacional. Parte das cubas da Sala 3 já foram religadas e a previsão é ter o restante já com o upgrade tecnológico até o terceiro trimestre deste ano, algo que estava previsto somente para 2023. 

O primeiro trimestre de 2022 marcou para a CBA também o fortalecimento estratégico no mercado de construção civil, com o lançamento da linha Primora de esquadrias de alumínio, indicadas para janelas, portas e fachadas, com foco em projetos de médio e alto padrão.

Recentemente a CBA concluiu o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) que aponta resultado de 2,56t CO2e/t de alumínio líquido (escopo 1 e 2) em 2021, vs. 2,66t CO2e/t em 2020, um número aproximadamente 5 vezes menor que a média mundial, cujo valor é de 12,4t CO2e/t de alumínio líquido segundo o International Aluminium Institute (IAI). Com isso, a CBA se mantém no primeiro quartil da curva de emissões e sua produção de alumínio de baixa pegada de carbono. É a única empresa de alumínio do mundo a ter suas metas de redução de emissões aprovadas pelo Science Based Targets, conforme listagem pública da instituição veiculada no início de maio. A CBA tem nota A- (categoria de Liderança) na avaliação do CDP - um dos principais ratings de sustentabilidade mundial e um dos mais conceituados sobre mudanças climáticas. No trimestre, a CBA ainda passou a fazer a gestão das suas 21 usinas hidrelétricas, localizadas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, totalizando 1,4 GW de capacidade instalada 100% renovável. Anteriormente, as usinas estavam sob a gestão da Votorantim Energia (hoje Auren), por meio de contrato de prestação de serviços. No campo da diversidade e inclusão, destaque para o quadro geral de mulheres na CBA: o número passou de 14,3% no 4T21 para 15,3% no 1T22. Até 2030, a CBA quer atingir 50% de equidade de gênero na liderança da companhia.