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Descaracterização de barragens com operação remota

06/07/2021
As atividades serão realizadas por equipamentos autônomos, comandados a partir de uma central de controle fora das estruturas.

 

A Vale iniciará a realização de atividades com equipamentos autônomos para a remoção de rejeitos das barragens B3/B4, da Mina de Mar Azul, em Nova Lima (MG), e Sul Superior, da Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG). As ações foram aprovadas e analisadas pelo auditor-técnico do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), além de todo corpo de consultores externos contratados pela empresa para elaboração dos projetos. A medida representa o avanço do Programa de Descaracterização da mineradora e o comprometimento com uma abordagem integralmente voltada à segurança das suas estruturas e das pessoas.

As duas barragens estão atualmente em nível 3 do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM) e o processo de descaracterização envolve incrementos de riscos. A Vale já realizou diversas ações preventivas, entre as quais a retirada de todos os moradores das respectivas Zonas de Autossalvamento (ZAS) e a construção de Estruturas de Contenção a Jusante nos dois territórios. 

Na barragem Sul Superior, a remoção será iniciada com a coleta de amostras, que tem o objetivo de ampliar o conhecimento sobre as características do material disposto no reservatório, para aprimoramento da segurança e das técnicas que serão usadas durante o processo de descaracterização, além de subsidiar estudos para definir os níveis de controle de vibração. A mineradora também irá abrir canais para melhorar o escoamento de água da estrutura, evitando o acúmulo no reservatório, principalmente durante o período chuvoso. Já na barragem B3/B4, a remoção dos rejeitos será feita concomitantemente com a conclusão da retirada parcial de uma pilha de estéril no local, de onde já foram retirados 350 mil m³ de material desde novembro de 2020. 

As atividades serão realizadas por equipamentos autônomos nas duas barragens, e comandados a partir de uma central de controle fora das estruturas. Todas as ações foram comunicadas à auditoria técnica do MP-MG e aos órgãos competentes. As estruturas de contenção construídas a jusante das duas barragens estão concluídas e têm capacidade para conter os rejeitos em um cenário em que haja essa necessidade. A estrutura para a barragem Sul Superior possui 36 metros de altura e 330 metros de comprimento, enquanto na barragem B3/B4, essa estrutura tem 33 metros de altura e 221 metros de comprimento. As obras seguiram as mais rigorosas normas nacionais, as melhores práticas de engenharia e referências técnicas de entidades internacionais utilizadas para construções similares. 

As barragens seguem sendo monitoradas de forma permanente pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG). Em caso de necessidade, as atividades serão suspensas para as devidas avaliações. As ações seguem todos os cuidados e medidas de prevenção à Covid-19.

Desde 2019, cinco estruturas da Vale foram completamente descaracterizadas e reintegradas ao meio ambiente. A primeira foi a 8B, na mina de Águas Claras, em Nova Lima, ainda em 2019, seguida por três estruturas no Pará. A descaracterização do Dique Rio do Peixe, em Itabira, também está concluída e a próxima a ser completamente descaracterizada será a barragem Fernandinho, também em Nova Lima (MG). O Programa de Descaracterização de barragens a montante da Vale é baseado em informações e estudos técnicos e considera a especificidade de cada uma das 30 estruturas geotécnicas, compreendendo 16 barragens, 12 diques e 2 empilhamentos drenados. O cronograma e demais informações sobre o andamento das obras estão disponíveis em www.vale.com/esg.