AÇO

Demanda mundial deve crescer 0,5%

14/10/2016

 

A World Steel Association (WSA) divulgou seu Short Range Outlook para o biênio 2016/2017. A previsão é que a demanda mundial de aço aumente 0,2% em 2016, para 1,501 bilhão de toneladas, enquanto para o próximo ano espera-se um crescimento de 0,5%, atingindo 1,510 bilhão de toneladas de aço.

O Presidente da Comissão de Economia da WSA, T.V. Narendran, disse que o ambiente da indústria siderúrgica continua sendo um desafio, por conta das incertezas provocadas por situações geopolíticas em todo o mundo. Recentemente, o resultado do referendo no Reino Unido aumentou ainda mais a incerteza sobre a recuperação tão esperada do investimento na União Europeia.

A queda nos investimentos globais continua a segurar uma recuperação pela demanda mundial de aço. A expectativa é de crescimento nos mercados da China e de países emergentes ainda em 2016. Em uma nota positiva, a demanda por aço nas economias emergentes e em desenvolvimento, excluindo a China, deve apresentar incremento de 4% em 2017 graças aos países emergentes da Ásia e a estabilização dos preços das matérias-primas. O crescimento do PIB chinês é o mais baixo desde a década de 1990. Para tentar contornar o momento, o governo chinês lançou um pacote de medidas para estimular o mercado de infraestrutura e automobilístico. A demanda por aço na China deve cair 1% este ano e 2%, em 2017.

Entre os países emergentes, a demanda brasileira deve apresentar uma melhoria moderada em 2017. Rússia e México devem se recuperar, entretanto o mesmo não deve acontecer com os países do MENA (Norte da África e Oriente Médio). A demanda por aço da Índia deve ser sólida no biênio, apoiada por reformas de aumento de consumo e de investimento em infraestrutura, mas a sua sustentabilidade está em questão já que os investimentos principais estão sendo feitos pelo governo, enquanto o investimento privado continua fraco.

Nos países do ASEAN (Filipinas, Laos, Camboja, Malásia, Brunei, Vietnã, Indonésia, Cingapura, Tailândia e Myanmar), as políticas macroeconômicas estáveis devem impulsionar o crescimento pela demanda do aço, que nas economias desenvolvidas deverá aumentar 0,2% em 2016 e 1,1% em 2017.