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CSN prevê investir R$ 12 bilhões até 2026

08/12/2021
A empresa prevê que o mercado internacional de minério de ferro deverá se manter estável em termos de volume em 2022.

 

A CSN Mineração pretende investir R$ 12 bilhões, entre 2021 e 2026, em projetos que compõem a primeira fase do seu plano de expansão e que agregarão 33 milhões t a sua capacidade atual de produção de minério de ferro. Essa primeira fase compreende os projetos de aumento de qualidade (CMAI 3, Rebritagem e Espirais), Expansão da Planta Central, Recuperação de Rejeitos das Barragens, Expansão do Tecar (Fase 60 Mtpa), e parte dos projetos de Itabirito, com o desenvolvimento da P4 e da P15. 

A segunda fase da expansão, a ser implantada entre 2027 e 2031, vai permitir à CSN Mineração alcançar uma capacidade de 116 milhões t a partir de 2032, o que a colocaria em quinto lugar entre os maiores produtores mundiais de minério de ferro. 

A empresa prevê que o mercado internacional de minério de ferro deverá se manter estável em termos de volume em 2022 e os preços deverão se situar entre US$ 100 e US$ 120 por tonelada. Os números foram apresentados por Pedro Oliva, CFO da CSN Mineração, no CSN Day, na Apimec. Ele afirmou que a demanda transoceânica da commodity, que em 2021 foi de 1,540 bilhão de toneladas, deverá alcançar 1,562 bilhão t no próximo ano, ou seja, um acréscimo de 22 milhões de toneladas. Já a oferta deve crescer apenas 12 milhões t, alcançando 1,552 bilhão t (1,540 bilhão t em 2021). O movimento na oferta será em função da saída de minério de baixo teor da Índia, compensada por retomada de plantas da Vale. Estima-se, ainda, que haverá uma busca maior no mercado por minérios de melhor qualidade, motivada por mudanças estruturais na indústria siderúrgica chinesa na busca por maior eficiência e produtividade. Isto, segundo Oliva, favorece a CSN Mineração, que em 2022 terá condições de ofertar ao mercado minério com 0,5% a mais de teor de Fe e menos 0,6% no teor de impurezas (sílica e alumina), o que resultará em um ganho de US$ 4,5 por tonelada (US$ 1,00/t pelo maior teor de ferro e US$ 3,5/t pelo menor teor de impurezas). “Teremos a melhor qualidade de produtos entre os cinco piers globais”, disse o executivo. 

Quanto ao frete marítimo, as previsões do executivo da CSN Mineração são de que haverá uma redução para cerca de US$ 23/tonelada, devido à maior oferta de navios cape size e menor tempo de espera nos portos chineses, dois fatores que contribuíram para elevar o preço do frete em 2021. 

Oliva estima que o custo do minério de ferro da CSN Mineração colocado na China vai cair de US$ 48/t (US$ 29/t de frete mais US$ 19/t de custo C1) para US$ 41/t (US$ 23/t de frete e US$ 18/t de Custo C1). O volume de produção e compra de terceiros em 2022 deve ficar entre 39 e 41 milhões t, contra 36 a 37 milhões t em 2021. O aumento de volume e a redução de custos deverão proporcionar maior receita líquida e melhorar Ebitda da empresa, que até o terceiro trimestre de 2021 totalizaram, respectivamente, R$ 20,1 bilhões e R$ 12,7 bilhões. 

Baixa alavancagem 

Em novas projeções para o mercado, a CSN informa que pretende atingir alavancagem, medida pelo indicador Dívida Liquida/EBITDA Ajustado, abaixo de 1,0x no fechamento do balanço anual de 2021. A companhia espera também manter o indicador Dívida Liquida/EBITDA Ajustado abaixo de 1,0x no fechamento do balanço anual de 2022. A manutenção da projeção de Dívida Líquida para o ano é de aproximadamente R$ 15 bilhões. 

A projeção do volume de vendas de aço deve ficar em 5.158 mil t em 2021 e 5.104 mil t em 2022. O Capex na Siderurgia será em torno de R$ 1 bilhão no período de 2021 e de R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2022-2026. Para 2022, a companhia projeta um Capex de R$ 4,1 bilhões.