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CBPM tem cinco projetos em fosfato

15/03/2022
Dos cinco projetos conduzidos pela CBPM, três já estão licitados e dois novos encontram-se em fase inicial de pesquisa.

 

Dentro do esforço de aumentar a produção nacional de fertilizantes, a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) informa que mantém atualmente cinco projetos relacionados à pesquisa de fosfato, que é base de um dos principais fertilizantes de origem mineral. 

Dos cinco projetos conduzidos pela CBPM, três já estão licitados e dois novos encontram-se em fase inicial de pesquisa. 
Em 2021, a empresa iniciou dois projetos que também tem o fosfato como substância de interesse: o Projeto Verificação e Alvos Geofísicos - Oeste da Bahia (Fase II), localizado no contexto dos municípios de Correntina, Luís Eduardo Magalhães e Barreiras, principal corredor agrícola do estado; e o Projeto Reavaliação das Potencialidades Minerais - Bacia de Irecê (Fase II), ambos em fase de identificação de alvos para evolução do programa de pesquisa mineral.

Segundo o presidente da CBPM, Antonio Carlos Tramm, “o investimento em pesquisa é essencial para que o Brasil reduza a necessidade de importação de fertilizantes, produto que é essencial para o agronegócio e consequentemente para a economia do país. Investimentos como os que estão sendo feitos pela CBPM são de grande importância para a ampliação da produção de fertilizantes. Essa dependência brasileira é inadmissível e insustentável e precisamos reverter essa situação investindo em políticas públicas - de médio e longo prazo - eficientes, em pesquisa, em tecnologia e aproveitando de forma sustentável a nossa diversidade mineral”, disse ele. 

Atualmente, na Bahia, a única empresa mineradora de fosfatos em operação é a Galvani Fertilizantes, que produziu pouco mais de 210 mil toneladas de rocha fosfática no município de Campo Alegre de Lourdes-BA, em 2021. Já no que se refere à produção de fertilizantes, a companhia produziu e comercializou 595 mil toneladas de fertilizantes, em 2021, a partir do Complexo Industrial de Produção de Fertilizantes, localizado no município baiano de Luís Eduardo Magalhães.

Além da atuação em Campo Alegre de Lourdes, a Galvani possui dois contratos com a CBPM: um de arrendamento no município de Irecê-BA, com capacidade para produzir cerca de 200 mil toneladas/ano de concentrado fosfático e um contrato de pesquisa complementar, mais recente, onde está previsto uma produção mínima de 80 mil toneladas/ano de concentrado fosfático no município de Caracol-PI.

De acordo com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), aproximadamente 65% dos fertilizantes utilizados no estado vêm do exterior. Em nota, o titular da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (SEAGRI), João Carlos Oliveira, disse que  "houve um erro na política federal de incentivo à produção nacional de adubos e fertilizantes. Ficamos na mão das importações e isso não é bom, está longe de ser estratégico. Agora, com a guerra, esse fato externo, teremos que fazer uma arrumação de rota para minimizar os impactos em nossa agropecuária”. Ele ressalta, que  por esse motivo, a SEAGRI montou um grupo de trabalho para buscar saídas rápidas para esse impasse. 

Inovações em pesquisa 

A CBPM também iniciou, em 2022, mais um ciclo de levantamento aerogeofísico utilizando sistemas aerotransportados eletromagnéticos. De acordo com o diretor técnico da CBPM, Rafael Avena, “estes levantamentos são os mais modernos da atualidade e importantes para a descoberta de novos depósitos minerais, pois coletam vários conjuntos de dados que, certamente, servirão como subsídio para um novo programa de exploração no Estado da Bahia”, pontua.

Inicialmente, o mapeamento acontecerá na Província Metalogenética do Norte da Bahia - PMNEB, especialmente na região de Campo Alegre de Lourdes, localizada no extremo norte do Estado da Bahia. Este novo trabalho, além de aplicar métodos mais modernos, obtém um detalhamento bastante expressivo para a descoberta de novas áreas mineralizadas.