CBPM destaca avanços da Bahia nos últimos anos

16/08/2022
A mineração baiana cresceu 26% no primeiro semestre de 2022, enquanto a brasileira caiu 9%.

 

Segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), a Bahia investiu R$ 800 milhões em pesquisa mineral entre 2019 e 2021, entre recursos públicos e privados. Nestes últimos anos, a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) tem estabelecido relações estratégicas com várias áreas do setor minerário, além de realizar encontros e divulgações para que a sociedade conheça o trabalho da companhia e esteja a par do que o setor representa para o estado. 

Um destes eventos é o CBPM Convida, que em sua mais recente edição, contou com representantes do Serviço Geológico Brasileiro (SGB/CPRM), da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia, de técnicos e gestores de empresas como a Atlantic Nickel, Companhia Vale do Paramirim, Largo Vanádio de Maracás, Ero Brasil Caraíba, Ferbasa, Brazil Iron Mineração, Evo Mineração, dentre outras. Também estiveram presentes diretores, gerentes e membros das equipes técnicas e administrativas da CBPM. O encontro mostrou as recentes descobertas do ‘Levantamentos Aerogeofísicos’, realizados no primeiro semestre de 2022. Com um método eletromagnético e uso de helicóptero, novas oportunidades minerais foram mapeadas no Norte baiano. Para realização desse projeto inovador, a CBPM contratou os serviços da Xcalibur Multiphysics, empresa que é líder mundial em soluções geofísicas. “As divulgações dos resultados destes levantamentos possibilitam ao setor privado dispor de um grande volume de informações seguras que sinalizam oportunidades em busca da descoberta de novas jazidas minerais”, explica Ives Garrido, responsável pelos Projetos Geofísicos da CBPM. “Mais uma vez, a CBPM inova trazendo esses levantamentos eletromagnéticos, no predomínio do tempo, que é a evolução da aerogeofísica e que trazem resultados excelentes. Pelo que nós vimos aqui, a CBPM, novamente, acertou o local de fazer esse tipo de levantamento e, evidentemente, obterá resultados muito bons sobre novas oportunidades no estado da Bahia. A CBPM faz pesquisa mineral com maestria e, como representantes do Serviço Geológico, estamos à disposição para colaborar com essa instituição que traz sempre importantes resultados não apenas para a Bahia, mas para o país. E o que vimos hoje, é um passo importante para a mineração baiana”, destaca Márcio Remédio, diretor de Geologia e Recursos Minerais do Serviço Geológico Brasileiro (SGB/CPRM).

Para Paulo Castellari, CEO da Appian Capital Brazil, fundo de investimentos responsável pelas operações da Atlantic Nickel, a CBPM formata caminhos e desempenha atividades que devem ser seguidas por outras organizações. “Seria fundamental que o restante do Brasil tomasse a CBPM como exemplo. Porque o ponto de partida para todo trabalho na mineração é a pesquisa mineral e a dedicação e o investimento que a CBPM faz é a semente para tudo que a gente realiza”. Castellari disse ainda que graças à descoberta da CBPM, a Atlantic Nickel tornou a Bahia o maior produtor de níquel sulfetado do Brasil. “Nós, da Appian, acreditamos muito na região. Atuamos em várias áreas que surgiram a partir de trabalhos de pesquisa, por isso reafirmo que as análises técnico-científicas compõem a base de tudo. Então, com apoio da CBPM, podemos iniciar e desenvolver projetos. Todo mundo sabe que a mineração tem a capacidade de mudar a região onde atua. Quando o trabalho é feito de maneira segura, responsável e inteligente, é possível alcançar resultados eficazes e não apenas sob a perspectiva econômica”, declara.

Para o futuro, a CBPM estudo parcerias como a que tem com a Atlantic Nickel e outras medidas com o objetivo de gerar desenvolvimento socioeconômico nas cidades do interior da Bahia. “Além de contribuir para a geração de emprego e renda, arrecadação tributária para os municípios, entre outras coisas, a CBPM tem a tradição da pesquisa. Desde 2019 realizamos 13 licitações para novas áreas. Isso se reflete em benefícios institucionais, possibilitam investimentos em nossos projetos geofísicos, aquisição de equipamentos e a contratação do que há de mais moderno no mundo para realizar levantamentos como esse que destacamos no CBPM Convida”, diz Antonio Carlos Tramm, presidente da CBPM. A mineração baiana cresceu 26% no primeiro semestre de 2022, enquanto a brasileira caiu 9%. “Justamente pela diversidade de minerais que o estado possui e por ser o estado brasileiro mais bem estudado geologicamente. Tudo isso faz a Bahia estar entre os que mais investem em pesquisa e na atividade mineradora. Essa é a mineração do amanhã”, finaliza.

Direto da Fonte