USIMINAS

Atraso em licença reduz investimento

02/08/2019

 

A direção do grupo Usiminas decidiu cortar em 20% os investimentos programados para 2019. O corte se dá junto com o anúncio de resultados financeiros positivos pela companhia. Os desembolsos, que deveriam ser de R$1 billhão, passaram para R$ 800 milhões. A razão para a o corte se dá, segundo o presidente da Usiminas, Sérgio Leite, pelo atraso na obtenção do licenciamento ambiental para as obras de filtragem e empilhamento a seco dos resíduos da extração de ferro na mineração Usiminas em Itatiaiuçu, MG. As benfeitorias foram orçadas em R$140 milhões. Além disso, aconteceram demoras na execução de uma série de pequenos investimentos ligados a melhorias operacionais e  automação na siderúrgica.

Contudo, seguem os estudos para a implantação de uma quarta linha de galvanização, processo que confere ao aço maior resistência. “O projeto para uma quarta linha deverá ser apresentado ao Conselho de Administração em 12 meses. Tivemos nos últimos três anos uma recuperação muito positiva da indústria automotiva (a produção do setor aumentou 23% em 2017; aproximadamente 10% em 2018, e 3% neste ano), o que traz grande atratividade para este investimento”, diz Sergio Leite.

Desempenho

No período abril a junho de 2019 a empresa registrou um lucro líquido de R$ 171 milhões, com crescimento de 125% em comparação ao trimestre anterior, número puxado pela aumento de 5% nas vendas de aço, totalizando 1,1 milhão de toneladas, um avanço de 7,2% no mercado brasileiro, quando avaliados em separado. O lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações atingiu a marca de R$ 576 milhões, o que representa um aumento de 18% em relação ao trimestre anterior.

De acordo com o presidente da Usiminas, o bom desempenho reflete o esforço generalizado de vendas durante o segundo trimestre, aliado a aumento dos preços, 3% maiores que os praticados de janeiro a março. A queda de 1% nos custos de produção também favoreceu o bom desempenho da empresa.