A indústria de máquinas do Brasil pode se reduzir à metade do que era em 2013, se for confirmada a tendência delineada nos primeiros meses de 2016. Essa é a avaliação do Diretor de Competitividade da Abimaq, Mario Bernardini. A queda de vendas no mercado interno foi de 50%, só amenizada pelo aumento nas exportações, o que reduziu a queda para 28%.

"A perspectiva é muito ruim. Parece que o governo escolheu seguir o mesmo caminho dos últimos oito anos - real apreciado e juros altos - com os resultados que podem ser vistos hoje", diz ele.

Na avaliação da entidade, muitas empresas não vão sobreviver, arrastando consigo muitos elos da cadeia intermediária. Os dados apurados indicam que este é o terceiro ano consecutivo de queda no consumo aparente dos bens produzidos pelos associados. O uso da capacidade instalada é de 66,6%. Mais 77 mil posto de trabalho no setor foram extintos desde setembro de 2011, o pico dos últimos anos.