Exportações crescem 39,34% até abril

16/09/2021
O resultado foi positivo apesar da falta de espaço em navios e disponibilidade de contêineres desde o início do ano. 

 

O Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas) divulgou que as exportações de rochas ornamentais cresceram 39,34% no primeiro quadrimestre de 2021 na comparação com o mesmo período do último ano. As vendas diretas e os produtos embarcados somaram U$S 831,8 milhões e 1.568 mil toneladas, respectivamente. O resultado foi positivo apesar da falta de espaço em navios e disponibilidade de contêineres desde o início do ano. 

Entre os destaques nas vendas estão os blocos de mármores e similares, chapas e outras peças de mármores, que cresceram respectivamente, 78,86% e 51,42% no acumulado do ano em relação ao mesmo período de 2020. Em agosto, os Estados Unidos, um dos oito mercados prioritários para atuação do It’s Natural – Brazilian Natural Stone, projeto resultante do convênio setorial firmado entre o Centrorochas e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) com o objetivo de ampliar as exportações das rochas ornamentais brasileiras no mercado internacional, permaneceram na liderança dos destinos mais frequentes dos produtos brasileiros, respondendo por aproximadamente 50,6% das exportações. 

Segundo dados do Relatório de Estatísticas de Comércio Exterior, do Ministério da Economia, o porto do Rio de Janeiro foi o mais utilizado para exportações (110,3 mil toneladas), representando 76% de todo material enviado ao mercado internacional, seguido pelo Porto de Santos, responsável por 15% e 21,37 mil toneladas do total. Já o Porto de Vitória, no Espírito Santo, foi responsável por 65% do embarque dos materiais brutos, acumulando em 42,57 mil toneladas de rochas naturais, enquanto Fortaleza escoou 14% do total e 9,4 mil toneladas. “O Centrorochas tem atuado em parceria com o Sindirochas, maior sindicato patronal do setor no país, junto aos atores envolvidos no processo de escoamento das exportações, bem como com autoridades públicas, na busca de soluções que a curto prazo possam reduzir os efeitos sentidos. Em junho deste ano, realizamos uma pesquisa entre os empresários que apontou impacto de cerca de 35% no volume exportado naquele mês. A expectativa é que essa situação seja contornada apenas em 2022, mas, apesar de todo cenário, os exportadores brasileiros têm sido resilientes e contribuído com o registro de ótimos números para o país”, apontou Tales Machado, presidente do Centrorochas.

Em parceria com o Sindicato da Indústria de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Espírito Santo (Sindirochas), o Centrorochas divulgou os dados por região. Em agosto, o Espírito Santo continuou na liderança como maior exportador do Brasil, registrando US$ 118,4 milhões, concentrando aproximadamente 84,7% de todas as vendas realizadas para o exterior; destes, 75% têm os Estados Unidos como destino. O Espírito Santo evoluiu entre janeiro e agosto de 2021 e registrou alta de 39,84% em valor e 9,20% em peso, mostrando um crescimento orgânico em valor agregado dos materiais exportados de 28,06% no preço médio. A segunda posição é de Minas Gerais Minas, com cerca de 7,7% das exportações, elevando ainda mais a força das ardósias brasileiras nos mercados do Reino Unido e norte-americanos.